Páginas

sexta-feira, 4 de julho de 2014

YABASSÉ

YABASSÉ

A YABASSÉ cuida dos asés do sacrificios e dos segredos da cozinha do orisá, e as vezes até da cozinha de brancos comida do dia a dia das pessoas do terreiro.

Yabassé é portanto, Cargo feminino no Candomblé, mas que hoje já é determinado em alguns terreiros de Umbanda. É aquela que cuida, separa ingredientes e executa a comida do Santo. Chamada a cozinheira do Axé, é dela a obrigação de ver aquilo que o Santo mais gosta e executar os trabalhos de cozinha.

A Yabassé faz também a comida que será oferecida aos visitantes nos dias de festa na Casa. Para exercer esse cargo é preciso que a mulher seja iniciada no Santo.

Não é qualquer uma que pode receber esse cargo tem que aquele axé nas mãos , tem que ser escolhida pelo orixá da casa, yabassé deve ser respeitada como qualquer outro cargo pois é de confiança do orixá e é escolhida para alimenta-lo.

Cargo somente destinado a mulher, raro de se ver homem na cozinha de axé, também deve ter mais que 5 anos de santo arriados, mas muito comum em ver em casa hoje em dia se ganhar cargo nos 3 anos ....

~Lik Kaitumbá~



O DENDEZEIRO

O Dendezeiro ou Palma-de-oleo-Africana, tendo também outras dezenas de nomes é uma das mais sagradas árvores do candomblé, de onde sai o mais conhecido óleo dos cultos chamado de Dendê.

No Candomblé a palmeira de dendê é uma árvore Sagrada, seu óleo é muito utilizado nas Comidas de Orixás e o coquinho é usado em um dos Oráculos de Ifá.
Representa a SABEDORIA ANCESTRAL trazida pelos negros da África. Representa FORÇA, ENERGIA , VIDA , SABOR e FEITIÇO. O azeite dendê tem a característica de “erva quente”, ou seja, tem energia agressiva , ativa e quando aquecido torna-se mais agitado, portanto precisa ser usado com critério.

Das folhas do Dendezeiro tiramos o Mariwo, desfiando as folhas e usando para proteger o terreiro de egúns, é usado também nos rituais de Ogun, Egún, Oyá… E principal vestimenta de Ogum.

Seu fruto sagrado é conhecido como Dendê, e é usado nos rituais de Ifá, além do seu Óleo o conhecido Azeite de dendê ser muito usado nos rituais de Orixá (com exceções), principalmente de Exú, onde é peça fundamental para o Padè (Farinha usada para dar comida a Exú).

Utilizamos o óleo de dendê nas oferendas, principalmente para a Esquerda, com a função de desagregar qualquer tipo de carga ou energia negativa. Com os coquinhos de dendê pode-se fazer guias que, após serem imantadas e consagradas pelos baianos, boiadeiros e até pelos caboclos, se tornarão fantásticos instrumentos de trabalho e de proteção, pois são símbolos da Sabedoria trazida dos negros africanos.

Costuma-se dizer que o Dendê é usado pra “esquentar” o santo, acordá-lo, mas isso é balela arrumadinha, o dendê é integrante da comida do orixá por ser quente! 
~Tata mùtita~







Sou quem fala ao seu ouvido, as chamadas "intuições"...
Sou eu que, as vezes, altero o rumo da sua vida, para evitar danos maiores...
Sou eu que te causo arrepios, quando se aproxima de pessoas, lugares ou situações que possam te fazer mal...
Sou eu quem chora por você, quando a vida desafia seus sentimentos...
Sou eu quem zela por sua saúde, cuidando das dores do seu corpo, da sua alma e do seu coração...
Sou eu quem está sempre ao seu lado, renovando suas energias, mesmo quando você acredita estar totalmente sozinho (a)...
Sou eu quem segura sua mão, consola seu coração e mostra sua força, sua capacidade de resolver problemas, por mais insolúveis que pareçam...
Sou eu quem te mostra que a vida está repleta de pessoas, lugares e coisas maravilhosas, quando você quer desistir de ser feliz...
Sou eu quem está sempre contigo, te cuidando, te orientando, te amando... Olorun foi quem me enviou, para te auxiliar nessa grande, difícil e maravilhosa missão, que é viver... VOCÊ NUNCA ESTÁ SOZINHO, PORQUE SOU EU, Seu orisá, QUEM TE CONDUZ!

Candomblé Fé Ostentação

LIMITAÇÕES DO IYAWÓ

LIMITAÇÕES DO IYAWÓ DURANTE SEU PRIMEIRO ANO DE VIDA

Estas limitações são para cuidar do Iyawó no primeiro ano de vida.

Durante esse tempo, o Iyawó deve se vestir sempre de branco, por um lado para render homenagens a Obatalá, já que este é sua cor e ele é a máxima potência, o que governa o mundo, o dono de todas as cabeças.

Também se usa essa cor porque durante esse ano, o Iyawó se encontra depurando todo o mal de sua vida anterior e isto se faz com o branco, cor que simboliza a paz e todo o bem.

Durante os três primeiros meses, deve estar em sua casa antes das seis da tarde e o resto do ano antes da meia-noite, pois tem a “moleira” aberta por onde penetrou o santo.

Não deve pegar sereno, já que isto lhe traz dano.

Não pode ir ao cinema, boates, nem espetáculos públicos.

Não deve ficar parado nas esquinas.

Não deve ter discussões, nem rinhas, nem estar em tumultos.

Não deve tomar bebidas alcoólicas.

Não deve ir a festas de carnaval, porque no carnaval “dança a morte”…

Não pode ir a funerárias, enterros ou ao cemitério, porque estará pegando todos os osogbos (negativos).

Não pode se molhar com água de chuva.




CARGOS DOS OGÃS

Entre os cargos próprios aos Ogãs, está o de Axogum (Ásògún). Este cargo deve ser ocupado por alguém iniciado pois também é um ministério de sacerdócio. Depois da iniciação, ou durante a saída da mesma, o Ogan é confirmado ou suspenso (conforme a tradição da casa) ao cargo de Axogum. Este é o responsável pelo sacrifício dos animais, durante os rituais festivos, atua como um vigia, que observa se há irregularidades nos sacrifícios.
Deve ser pessoa de absoluta confiança do líder religioso, precisa ter boa memória, saber as técnicas complexas para a execução de suas tarefas, não pode cometer nenhum erro.
Dependendo do prestígio do Axogum, poderá ser convidado por outros sacerdotes de outras casas para exercer suas funções em caso de grandes obrigações.
O mistério do sacrifício geralmente é exercido pelo uso do Òbè (faca), pelo qual, se sacrifica os animais votivos. Cabe ao detentor do cargo de Axogum empunhar o mesmo ou pelo menos assistir o uso dele. Em algumas casas é o Axogum que faz uso do Òbé e este colhe o egjé (sangue) dos animais para os sagrados Òròs, enquanto o babalòrisá ou Iyàlòrisá reza os Òrikís. Quando não é este que usa do Òbé e sim o baba ou a Iyà, fica ali de prontidão para ajudá-lo(a) nas rezas e necessidades imediatas.
Queira Òlorún suscitar em nossos Ilés homens de fino trato e caráter digno para o cargo de Axogum. Que saibamos valorizar e honrar tão vigorosos e necessários homens ao nosso culto Òrisá.
Babalòrisá Kazi Kaòbatìná

A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA NO CANDOMBLÉ



A importância da água no Candomblé

Sua utilidade é variada. Serve para os banhos de amacis, para cozinhar, para lavar as contas, para descarregar os maus fluídos, para o batismo. Dependendo de sua procedência (mares, rios, chuvas e poços), terá um emprego diferente nas obrigações.

A água poderá concentrar uma vibração positiva ou negativa, dependendo do seu emprego.

A água tem o poder de absorver, acumular ou descarregar qualquer vibração, seja benéfica ou maléfica. Nunca se deve encher de água, o copo até a boca, porque ela crepitará. Ao rezar-se uma pessoa com um copo de água, todo o malefício, toda a vibração negativa dela passará para a água do copo, tornando-a embaciada; caso não haja mal algum, a água ficará fluidificada. Nunca se deve acender vela para o Anjo da Guarda, para cruzar o terreiro, para jogar búzios, enfim, sem ter um copo de água do lado. A água que se apanha na cachoeira, é água batida nas pedras, nas quais vibra, crepita e livra-se de todas as impurezas, assim como a água do mar, batida contra as rochas e as areias da praia, também acontece o mesmo, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo está sem ondas.

A água da chuva, quando cai é benéfica, pura, porém, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois atrai à si as vibrações negativas do local.

Por esse motivo nunca se deve pisar em bueiros das ruas, porque as águas da chuva, passando pelos trabalhos nas encruzilhadas, carregam para os bueiros toda a carga e a vibração dos trabalhos; convém notar que os bueiros mais próximos da encruzilhada são os mais pesados, porém não isenta de carga, embora menos intensa, os demais bueiros da rua.

A importância da água pode ser traduzida numa única palavra: ”VIDA!”

Sem água a vida é impossível.

A Água está presente em praticamente todos os trabalhos do Candomblé, e sua função é importantíssima.

Por seu poder de propiciar vida ela atrai a vida à sua volta, seja material ou espiritual.

As águas utilizadas para descarrego, têm funcionamento parecido com a fumaça, sendo que a fumaça carrega as energias consigo similar ao vento, e a água absorve estas energias.

As águas em quartinhas nas obrigações significam energia vital, e nas quartinhas junto às velas do Eledá, têm a finalidade de atrair para si as energias que por ali passam, atraídas pela Luz.

Conhecemos e fazemos uso em rituais de água de procedência de campos sagrados, tais como:

Rocha
Água detida em saliências nas rochas. Ligada a Sangò – entre suas funções, traz força física, disposição,boa-vontade, sabedoria.

Mar
Ligada a Yemojá – imã de energias negativas, anti-séptico e cicatrizante, fertilidade, calma.

Mina
Ligada a Òsún e Nanan – força, vitalidade – é a mais indicada para se utilizar nas quartinhas e em assentamentos.

Mar Doce
Encontro de rio e mar. Ligada a Yewá – trato do corpo sentimental, humor, bom senso e independência.

Chuva
Ligada a Nanan e Òsún – excelente função de limpeza e descarrego.

Cachoeira
Ligada a Òsún e Sangò – sentimentos, afeto, força de pensamento, alegria, jovialidade.

Rio
Ligada a Òsún (na correnteza) e a Oba (nas margens) – determinação, bons pensamentos.

Poço
Ligada a Nanan – resistência, sabedoria.

Lagos e Lagoas
Ligada a Osùmárè – inventividade, imaginação.

Orvalho
Recolhido das folhas, ao alvorecer do dia. – Ligado a Osáàlá – calma, paciência, fecundidade.

Todas podem ser utilizadas em banhos, assim além de portadoras de seus próprios axés, serve de veículo para o axé dos demais componentes do banho.

Em especial, o omierò ou agbò é feito usando-se destas águas, dependendo do Òrìsá da ìyáwò, e no assentamento dos Òrìsás da casa, enche-se o pote (quartilhão, porrão…) com todas as águas citadas.

Estas águas devem preferencialmente ser recolhidas e armazenadas, utilizando-se recepientes adequados, outras águas não podem e não devem ser armazenadas por muito tempo, pois “água parada apodrece”.
~Tata mùtita~


A MÚSICA NO CANDOMBLÉ

Foto
OXALÁ é o detentor do poder procriador masculino. Todas as suas representações incluem o branco. É um elemento fundamental dos primórdios, massa de ar e massa de água, a protoforma e a formação de todo o tipo de criaturas no AIYE e no ORUN. Ao incorporar-se, assume duas formas: OXAGUIÃ jovem guerreiro, e OXALUFÃ, velho apoiado num bastão de prata (APAXORÓ). OXALÁ é alheio a toda a violência, disputas, brigas, gosta de ordem, da limpeza, da pureza. A sua cor é o branco e o seu dia é a sexta-feira. Os seus filhos devem vestir branco neste dia. Pertencem a OXALÁ os metais e outras substâncias brancas.

Epa Bàbá Òsàlá!! Olójó Oní, mojúbà.
Candomblé Fé O$tentação